O dia 1o de agosto é o dia mundial da amamentação, data criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação Pró-amamentação. A data é comemorada dentro da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países, anualmente, entre os dias 1º e 07 de agosto. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a principal forma de fornecer ao bebê os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento.
O aleitamento materno gera inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o filho. O leite materno é um alimento completo. Por isso, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Ele é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite e funciona como uma vacina, pois é rico em anticorpos, protegendo a criança de muitas doenças como diarreia, infecções respiratórias, alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Para a mãe, a amamentação reduz o peso mais rapidamente após o parto, ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, diminui o risco de hemorragia e anemia, reduz o risco de diabetes e de desenvolver câncer de mama e ovário.
A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas evitáveis.
Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia. Muitas mães, principalmente as que estão inseguras, costumam interpretar esse comportamento normal como sinal de fome do bebê, leite fraco ou pouco leite, o que pode resultar na introdução precoce e desnecessária de complementos. Não existe leite fraco! Todo leite materno é forte e bom. A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco. Nem todo choro do bebê é de fome. A criança chora quando quer aconchego, quando tem cólicas ou sente algum desconforto. Para manter sempre uma boa quantidade de leite, é importante amamentar com frequência, deixando o bebê esvaziar bem o peito na mamada. O leite do início da mamada tem mais água e mata a sede; e o do fim da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz com que ele ganhe mais peso.
Em relação aos cuidados, é fundamental que a mãe que está amamentando evite bebidas alcoólicas e cigarro. Os remédios que a mãe toma podem passar para a criança, por isso só se deve tomar medicamentos com orientação médica. A amamentação deve ser prazerosa tanto para mãe quanto para o bebê. Não é normal sentir dor na hora de amamentar. As rachaduras aparecem quando a criança não está pegando bem no peito da mãe. Se a pega do bebê não estiver correta, deve-se procurar corrigi-la. Se o peito estiver muito cheio ou empedrado, tornando a mamada difícil, é bom retirar um pouco do leite antes, para amolecer a mama e facilitar para o bebê pegar o peito. Em caso de dúvidas, sempre consultar o pediatra pois a amamentação é a base da vida.
Fonte: www.blog.saude.gov.br
Estima-se, para o Brasil, biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, para cada ano. Os cânceres de próstata (68 mil) em homens e mama (60 mil) em mulheres serão os mais frequentes. À exceção do câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais incidentes em homens serão próstata (31,7%), pulmão (8,7%), intestino (8,1%), estômago (6,3%) e cavidade oral (5,2%). Nas mulheres, os cânceres de mama (29,5%), intestino (9,4%), colo de útero (8,1%), pulmão (6,2%) e tireoide (4%)
figurarão entre os principais (Figura 1).
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a
doença. As principais dicas para prevenir o câncer são: não fumar; alimentação saudável; manter o peso corporal adequado; praticar atividades físicas; mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos; amamentar; vacinar contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos; vacinar contra a hepatite B; evitar a ingestão de bebidas alcoólicas; evitar comer carne processada; evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, e usar sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.
O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade. Muitos pacientes submetidos ao tratamento oncológico desenvolverão algum tipo de complicação bucal, aguda ou crônica, em decorrência da terapia.
Todos os pacientes submetidos à radioterapia em cabeça e pescoço, 75% dos pacientes submetidos a transplante de medula óssea e 40% dos que fazem quimioterapia, irão apresentar algum efeito colateral bucal. Essas complicações incluem dor, mucosite (inflamação da mucosa bucal e ulcerações), sangramento, xerostomia/hipossalivação (boca seca), cárie de radiação, infecção oportunista, osteorradionecrose, entre outras.
A possibilidade do aparecimento de complicações pode estar diretamente relacionada às condições de saúde geral e bucal do paciente e ao tipo de terapia a ser utilizada. As complicações podem ser transitórias e desaparecer com o término do tratamento. Outras podem tornar-se crônicas, requerendo cuidados constantes por parte do cirurgião-dentista. Desse modo, é de grande importância que o cirurgião-dentista conheça as modalidades de tratamento do câncer de boca, as complicações que poderão resultar de sua terapia, para que possa estabelecer um plano de tratamento adequado para cada paciente.
O preparo da cavidade bucal deve ser realizado, preferencialmente, antes do início da terapia do câncer, e deve continuar durante e após a mesma. A integração entre as equipes envolvidas no tratamento do câncer é essencial para oferecer uma melhor qualidade de vida e oferecer aos pacientes: Prevenção e diagnóstico precoce de lesões cancerizáveis e malignas da boca, assim como diagnóstico e tratamento de outras lesões benignas importantes da boca e região maxilofacial; suporte odontológico ao paciente em tratamento oncológico, por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia; cirurgia bucomaxilofacial para tratamento dos tumores e deformidades da referida região; tratamentos odontológicos integrais, oferecidos aos pacientes em tratamento oncológico; reabilitação bucomaxilofacial para pacientes com defeitos estéticos e funcionais que foram submetidos a cirurgias extensas para ressecção de tumores.
Por Dr. Antônio José Araújo Pereira Júnior
Cirurgião-dentista – CRO-RJ 27561
Fonte: www.inca.gov.br ; www.mascc.org