Tudo aquilo que diz respeito à matemática dá um nó na cabeça da criança? Pois isso pode ser sinal de discalculia, um problema sério e limitante. A discalculia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a habilidade de aprender as noções matemáticas, afetando não apenas o desempenho escolar, mas várias atividades cotidianas. As dificuldades se manifestam ao lidar com números, tempo, medidas e noções espaciais. A palavra vem do grego e significa “contando mal”, por isso a disfunção é também conhecida como “cegueira numérica”. Mas a inabilidade não tem nada ver com problemas de visão, audição ou nível de inteligência.
Crianças portadoras de discalculia são incapazes de identificar sinais matemáticos, montar operações, classificar números, entender princípios de medida, seguir sequências, compreender conceitos matemáticos, relacionar o valor de moedas entre outros. O estudioso Dr. Ladislav Kosc, descreveu seis tipos de discalculia: a léxica, quando o problema está na leitura de símbolos matemáticos; a verbal, que é a dificuldade em nomear quantidades, números, termos e símbolos; a gráfica, que se manifesta na escrita dos símbolos; a operacional, que afeta a execução de operações e cálculos; a practognóstica, que prejudica a enumeração, manipulação e comparação
com objetos reais ou em imagens; e a ideognóstica, quando há dificuldade nas operações mentais ou na compreensão dos conceitos matemáticos.
A matemática é uma ferramenta essencial em nossas vidas, por isso a importância de diagnosticar a discalculia nos primeiros anos de vida. Para o professor diagnosticar a discalculia em seu aluno, é fundamental observar a trajetória da aprendizagem dele e ficar atento a alguns possíveis sintomas como: dificuldade frequente com os
números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão; problemas para diferenciar entre esquerdo e direito; falta de senso de direção (para o norte, sul, leste e oeste), dificuldade com uma bússola; inabilidade de dizer qual de dois números é o maior; dificuldades para ler relógios analógicos; inabilidade para compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento o custo de um produto; dificuldade mental de estimar a medida ou a distância de um objeto; inabilidade de apreender e recordar conceitos matemáticos, regras, fórmulas e sequências matemáticas; dificuldade de manter a contagem durante jogos.
Por se tratar de um distúrbio ou déficit neurológico, a discalculia não tem cura. O tratamento deve ser feito por psicopedagogos especializados, além de neurologistas. O psicopedagogo atuará com relação à autoestima e a valorização das atividades realizadas.
Também descobrirá o processo de aprendizagem da criança através de instrumentos, como jogos, habilidades psicomotoras e espaciais e contagem. O neurologista confirmará, através de exames, a dificuldade específica do paciente, e o encaminhará para o tratamento ideal.
Fonte: www.brasil.planetasaber.com ;
www.brasilescola.uol.com.br
Estima-se, para o Brasil, biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer, para cada ano. Os cânceres de próstata (68 mil) em homens e mama (60 mil) em mulheres serão os mais frequentes. À exceção do câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais incidentes em homens serão próstata (31,7%), pulmão (8,7%), intestino (8,1%), estômago (6,3%) e cavidade oral (5,2%). Nas mulheres, os cânceres de mama (29,5%), intestino (9,4%), colo de útero (8,1%), pulmão (6,2%) e tireoide (4%)
figurarão entre os principais (Figura 1).
A prevenção do câncer engloba ações realizadas para reduzir os riscos de ter a
doença. As principais dicas para prevenir o câncer são: não fumar; alimentação saudável; manter o peso corporal adequado; praticar atividades físicas; mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos; amamentar; vacinar contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos; vacinar contra a hepatite B; evitar a ingestão de bebidas alcoólicas; evitar comer carne processada; evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, e usar sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.
O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade. Muitos pacientes submetidos ao tratamento oncológico desenvolverão algum tipo de complicação bucal, aguda ou crônica, em decorrência da terapia.
Todos os pacientes submetidos à radioterapia em cabeça e pescoço, 75% dos pacientes submetidos a transplante de medula óssea e 40% dos que fazem quimioterapia, irão apresentar algum efeito colateral bucal. Essas complicações incluem dor, mucosite (inflamação da mucosa bucal e ulcerações), sangramento, xerostomia/hipossalivação (boca seca), cárie de radiação, infecção oportunista, osteorradionecrose, entre outras.
A possibilidade do aparecimento de complicações pode estar diretamente relacionada às condições de saúde geral e bucal do paciente e ao tipo de terapia a ser utilizada. As complicações podem ser transitórias e desaparecer com o término do tratamento. Outras podem tornar-se crônicas, requerendo cuidados constantes por parte do cirurgião-dentista. Desse modo, é de grande importância que o cirurgião-dentista conheça as modalidades de tratamento do câncer de boca, as complicações que poderão resultar de sua terapia, para que possa estabelecer um plano de tratamento adequado para cada paciente.
O preparo da cavidade bucal deve ser realizado, preferencialmente, antes do início da terapia do câncer, e deve continuar durante e após a mesma. A integração entre as equipes envolvidas no tratamento do câncer é essencial para oferecer uma melhor qualidade de vida e oferecer aos pacientes: Prevenção e diagnóstico precoce de lesões cancerizáveis e malignas da boca, assim como diagnóstico e tratamento de outras lesões benignas importantes da boca e região maxilofacial; suporte odontológico ao paciente em tratamento oncológico, por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia; cirurgia bucomaxilofacial para tratamento dos tumores e deformidades da referida região; tratamentos odontológicos integrais, oferecidos aos pacientes em tratamento oncológico; reabilitação bucomaxilofacial para pacientes com defeitos estéticos e funcionais que foram submetidos a cirurgias extensas para ressecção de tumores.
Por Dr. Antônio José Araújo Pereira Júnior
Cirurgião-dentista – CRO-RJ 27561
Fonte: www.inca.gov.br ; www.mascc.org